sábado, 30 de março de 2024

 


Ivan, zagueiro histórico do E.C. União Santa Cruz


Por Leonardo Soares dos Santos, Historiador e professor da UFF/Campos


Publicamos aqui a entrevista com Ivan Lourenço, um dos maiores zagueiros da história do Santa Cruz. Nela, o ex-zagueiro conta um pouco da sua vida, de sua trajetória no esporte, como o time era organizado e a relação dos jogadores com a usina Santa Cruz e o usineiro William Pitman.

Essas e outras entrevistas fazem parte do projeto "História dos times de Usina de Campos dos Goytacazes". Ele foi desenvolvido em 2023 e levantou várias entrevistas com ex-jogadores. 

Pretendemos assim contribuir com a preservação da memória de um aspecto valioso da história da classe dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Campos.

Boa leitura!



Escudo do EC União Santa Cruz. 
Fonte: https://ligacampistadesportos.blogspot.com/2020/06/ec-uniao-sana-cruz.html





L.S. - Ivan, diz para a gente qual o seu nome completo.



Ivan em sua residência, devidamente vestido com o manto alvo-anil, em Santa Cruz.



I.L.C. - Ivan Lourenço de Carvalho.


L.S. - Onde você nasceu? Nasceu aqui mesmo em Santa Cruz?

I.L.C.  - Santa Cruz. Nascido e criado.

L.S. - Que ano?

I.L.C.  - 17 de novembro de 1963.

L.S. - Fez aniversário agora, né? Fez.  Quais são os nomes dos seus pais?

I.L.C.  - Juvenil Pereira de Carvalho e Aremeta Lourenço de Carvalho.

L.S. - Eles eram daqui também, de Santa Cruz?

I.L.C. - Meu pai veio para cá na faixa de uns 10, 12 anos, mas ele é de São Fidelis.

L. S. - E a senhora sua mãe?

 

I.L.C. - Minha mãe é de Santa Cruz. 

 

L.S. - E eles chegaram a trabalhar na usina?

 

I.L.C. - Sim, meu pai trabalhava. 

 

L.S. - A sua mãe era dona do lar?

 

I.L.C. - Dona do lar. 

 

L.S. - E o seu pai trabalhava em que setor da usina?

 

I.L.C. - Meu pai trabalhava no armazém. 

 

L.S. - Armazém, né? O prédio do armazém existe ... aquele amarelo? 

 

I.L.C. - Isso, só tem prédio.



Time do EC União Santa Cruz nos anos 90.  O zagueiro Ivan é o 4º em pé, da esquerda para a direita. Acervo pessoal de Ivan Lourenço de Carvalho.

 

Ivan é o segundo em pé, da direita para a esquerda. 
Acervo pessoal de Ivan Lourenço de Carvalho.

L.S. - Entendi.  A sua situação civil, você é casado, solteiro?

 

I.L.C. - Casado. 

 

L.S. - Qual a sua escolaridade?

 

I.L.C. - Fiz até a oitava.

 

L.S. - Até a oitava, né? Onde você estudou?

 

I.L.C. - César Tinoco e Cestiape. 

 

L.S. - Então, quando é que você começou a jogar no time da usina Santa Cruz?

I.L.C. - A data, eu não me lembro, porque eu sempre joguei aqui no Santa Cruz.  Comecei no primeiro time do Santa Cruz com 17 anos.

L.S. - E é chamado de juvenil?

 

I.L.C. - Eu comecei no infantil, foi o primeiro ano que eu disputei, eu tinha 15 anos, aí com 17 eu fui o primeiro time de Santa Cruz.

L.S. - E você trabalhava na usina também?

 

I.L.C. - Trabalhei, aqui tinha a refinaria que empregava, de 14 a 17 anos e meio, quando ia servir, o exército liberava e voltava quando dava baixa.

L.S. - Você trabalhava, então, na refinaria?

 

I.L.C. - Trabalhei na refinaria, menor de idade, depois voltei para a usina, trabalho na moenda.

 

L.S. - E qual era a sua posição no time, em campo? 

 

I.L.C. - Zagueiro.

 

L.S. - Teve alguém que te indicou para o time da usina?

 

I.L.C. - Não, não. Sempre joguei nas divisões de base, infantil, juvenil, e cheguei até o primeiro time.

 



Reportagem sobre mais um título de Santa Cruz nos anos 90. Acervo do E.C. União Santa Cruz.



A sortida sala de troféus do Santa Cruz.



L.S. - Você lembra do nome do teu primeiro treinador?  Tinha treinador?

 

I.L.C. - Joel Lourenço.

 

L.S. - E assim, como era o treinamento? Você lembra dos dias da semana que vocês treinavam?

I.L.C. - Quarta e sexta. Geralmente, quarta era físico e sexta coletivo. Começava às 16 horas.

L.S. - Depois do expediente?

 

I.L.C. - Isso, isso.

 


Campo do Santa Cruz. Ainda muito bem cuidado....


I.L.C. - E esse físico era o quê? Corrida, peso?

 

L.S. - Corrida, muitas vezes levavam na época, era um caminhão, soltava a gente lá em Tereré, a gente vinha correndo. Vinha correndo para ganhar resistência.

L.S. - Você atuou em outros times?

 

I.L.C. - Atuei. Atuei no Esportivo São Fidel, Estrela de São Fidel, Barcelo de Sonho da Barra,  Santa Catarina de São Fidel, Floresta de Cambuci e mais alguns times. Disputei um campeonato no time da PEN.... eu acho que era o Brasileirinho. E pelo Santa Cruz.

 

L.S. - Você chegou a ganhar título?

 

I.L.C. - Muito.

 

L.S. - Qual era o campeonato que vocês mais atuavam? 

 

I.L.C. - Era o Industrial e a Cidade de Campos.

 

L.S. - Qual era o grande rival, os grandes rivais de Santa Cruz? 

 

I.L.C. - A gente tinha o Leão de Ururaí e o Paraíso de Tocos.

 

Ivan num ato que se repetiria muitas vezes, levantando taças pelo EC União Santa Cruz.

L.S. - E como era essa rivalidade, ela ficava mais dentro do campo ou ela se espraiava? Tinha confusão da torcida?

I.L.C. - Aquela rivalidade sadia, entre o jogador e dentro do campo, era aquela guerra, terminava o jogo, éramos todos amigos.

 

L.S. - Ficava no campo?

 

I.L.C. - Ficava no campo.

L.S. - Ficava no campo. Bom, o dono, na sua época, foi um dono só, o dono da usina Santa Cruz? Você lembra o nome dele?

 

I.L.C. - Isso, William Pitman.



Ivan em jogo nos anos 90, no estádio Ary de Oliveira e Souza.  



L.S. - E ele ajudava o time?

I.L.C. - Ajudava, ajudava. A usina bancava o time de Santa Cruz.

 

L.S. - Aí, bancava em que termos? Ela construía o campo?

 

I.L.C. - Em tudo, construía o campo, material, jogadores que, às vezes, servia, era indicado para que a usina empregava.

 

L.S. - Entendi, entendi. E aí, a coisa interessante, para jogar no time era funcionário, tinha que ser funcionário da usina?

I.L.C. - Não, nem todos. A maioria era, porque, na época que eu joguei, a gente tinha bem poucos jogadores de fora. Aí, tinha aqueles jogadores que destacavam, a usina oferecia um emprego, mais ou menos, e eles vinham para completar a gente.

L.S. - Entendi. E, por exemplo, os jogadores, mesmo sendo funcionários, ganhavam alguma coisa por jogar no time ou não? Só ganhavam no trabalho da usina?

 

I.L.C. - Não, às vezes a gente ganhava quando os diretores achavam que, de acordo com o jogo, achavam que tinha que dar uma gratificação a gente.

 

L.S. - Entendi. O time tinha torcida organizada? 

 

I.L.C. - Muita coisa.

 

L.S. - Essa torcida era o quê? Os moradores daqui?

 

I.L.C. - Moradores daqui.

 

L.S. - Uma pergunta, eu estava vendo algumas casinhas bem antigas. Essas casas têm a ver com a usina ou não? Ou têm nada a ver com a usina?

 

I.L.C. - Hoje, não, mas era tudo da usina.

 

L.S. - Ah, usina que construiu.

 

I.L.C. - Isso, isso. Hoje é tudo do antigo funcionário e teve muita gente que comprou.  Tem funcionário que vendeu.

 

L.S. - Ah, entendi. Você lembra uma conquista especial, um título especial que você conquistou pelo Santa Cruz, um jogo, uma conquista mais marcante? Teve um jogo marcante que foi...

 

I.L.C. - Tivemos vários, mas um dos que mais marcou foi contra o Juventude da Baleeira, Cidade de Campos. Juventude da Baleeira, acho que foi em 1998.

 

L.S. - E assim, como é que foi o jogo? Você marcou gol?

I.L.C. - Não, não. O jogo foi...

 

L.S. - Estava difícil?

 

I.L.C. - Difícil, porque para jogar lá era complicado, porque era um time comandado por pessoas que queriam se impor e nós perdemos lá de 1 a 0 no jogo de volta. Eles vieram com a torcida muito grande, querendo botar terror e nós botamos 1 a 0, fomos para os pênaltis, fomos campeões.

L.S. - Que maneiro. Já teve jogo que marcou mais negativamente por briga? Rolou briga, essas coisas? 

 

I.L.C. -Temos, termos, sendo que foi lá em Pureza e foi uma briga muito feia.

 

L.S. - E a briga... Ah, e tinha essa coisa, por exemplo, eu cheguei a ouvir, tinha, por exemplo, contestação de arbitragem nesses jogos ou não?

 

I.L.C. - Muita coisa. 

 

L.S. - Tinha desconfiança de que havia uma treta, essas coisas? É verdade que as histórias de usineiro que molhava a mão de árbitro, corria entre vocês?

 

I.L.C. - Não, os diretores de times, sim.

 

L.S. - Diretores de times. Até então os usineiros não influenciavam muito, não se envolviam muito com os times, davam apoio, mas eles não se envolviam.

 

I.L.C. - Entendi.  Coisa... uniforme. No caso, o dono da usina, o senhor Pitman, ele dava os uniformes também?

 

I.L.C. - O clube, além de comprar todos na festa de Santa Cruz, ele dava o uniforme todinho, do primeiro ao primeiro time. Material, chuteira, dava tudo. 

L.S. - Dava tudo. Agora, por exemplo, quem lavava? Cada jogador lavava ou dava para alguém, todo mundo....

 

I.L.C. - Não, tinha um roupeiro do time.

 

L.S. - Tinha um roupeiro do time? Olha só. E transporte também, transporte para ....

 

I.L.C. - Dava o transporte, dava o transporte.

 

L.S. - É .... o jogo mais marcante, perguntei. Ah, tá, uma coisa. Quando você começou a jogar primeiro que a trabalhar, ou não, começou ao mesmo tempo, trabalhar na usina e jogar?

 

I.L.C. - Comecei primeiro a jogar. 

 

L.S. - Quando começou, até depois, você chegou a pensar em seguir profissionalmente para um time maior?

I.L.C. - O filho dele, que era o Rubinho, e ele me levaria mais para eu jogar de lateral direito, porque na concepção dele eu jogava muito mais do que o jogador que estava lá, mas eu não tinha estatura para time profissional. E eu nunca gostei de jogar de lateral direito, eu não fiz força para ir.

 

L.S. - Aí você preferiu ficar. 

 

I.L.C. - Fiquei aqui, porque foi logo assim também que eu me empreguei na usina, que antigamente era difícil. Eu já tinha começado o Carioca, então eu tinha que ficar um mês treinando de experiência. Nesse período, um mês dava justa causa, eu fiquei com medo de perder o serviço.

L.S - E hoje você já é aposentado pela usina? Não, porque a usina fechou...

 

I.L.C. - Eu saí bem antes de seguir carreira em outro serviço.

 

L.S. - Você lembra quando a usina fechou?

 

I.L.C. - Não lembro a data.

 

L.S. - Porque você falou que jogou até 90, até quando você jogou no time? 

 

I.L.C. - Não sei se foi 2001, 2002, o último título meu de Santa Cruz.

 


L.S. - Você já ganhou o título na despedida. E a usina estava fechada já nessa época?

 

I.L.C. - Não.

 

L.S - Estava funcionando?

 

I.L.C. - Estava funcionando.

 

L.S. - Você lembra quando ela fechou?

 

I.L.C. - Não lembro a data.

 

L.S - Mas ela começou a dar sinais que ia fechar  ....

 

I.L.C. – [...] de repente [o antigo dono vendeu] pro grupo do Zé Pessoa. Aí foi abrindo o bico, diminuindo.

 

L.S. - Para fechar, o time que você torce aqui em Campos é o Santa Cruz mesmo ou é outro time?

 

I.L.C. - Primeiro Santa Cruz, depois Goitacás.

 

L.S. - Tem a mesma cor, não é?

 

I.L.C. - Mesma cor.

 

L.S. - E lá no Rio?

 

I.L.C. - Flamengo.






domingo, 22 de outubro de 2017

Sport Club Aliança

Por Leonardo Soares, professor de História, UFF 

De todos os times de usina surgidos em Campos, o Aliança (Usina do Queimado) foi o time de campanha mais exitosa, tendo sido tricampeão campista em 36-37-38. 



Fonte: Aristides Leo Pardo. "Sport Club Aliança – Campos dos Goytacazes (RJ)". Disponível em: https://historiadofutebol.com/blog/?p=29636.

Segundo Léo Pardo, “um grupo de funcionários que sempre se reuniam nas horas de folga para jogarem futebol”, teve a feliz idéia de formar uma equipe de futebol “para se filiar à Liga Campista de Desportos (LCD) e que se fizesse presente nos campeonatos promovidos por essa entidade”.[1]


Fonte: Fonte: Aristides Leo Pardo. "Sport Club Aliança – Campos dos Goytacazes (RJ)". Disponível em: https://historiadofutebol.com/blog/?p=29636.




A iniciativa teria partido de Laudelino Batista e Antônio da Silva Sá, “respectivamente foram o primeiro presidente e vice do clube”, que recorreram aos “irmãos Julião e Inácio Nogueira, proprietários da usina e grandes admiradores dos esportes em geral, que gostaram muito da idéia e não só autorizaram a criação do time, como também colaboraram em muito para o seu desenvolvimento”.[2]


Julião Nogueira (de terno) em entrevista ao Última Hora, década de 50.
Fundo: Última Hora/Arquivo Público do Estado de São Paulo. 


A solenidade de criação do clube ocorreu no dia 24 de abril de 1932, data oficial de fundação do Aliança, foi secretariada pelo “jornalista e maestro Prisco de Almeida, ocorrida no pátio da usina”. No mesmo evento é que se decidiu o nome do clube. Ainda segundo Leo Pardo, “as cores foram inspiradas no ambiente que os cercavam: o verde dos canaviais e o branco do açúcar”. Quando da criação do S.C. Aliança, a Usina do Queimado, “que hoje integra a área urbana da cidade, era considerada parte rural de Campos” e que se distância apenas 3 km do centro”.

Equipe de tênis do Aliança

O jogo de estreia da agremiação se deu contra o Industrial, “no campo do Goytacaz, na Lapa, e terminou em um empate de 1 x 1”.[3]


Arquibancada da quadra de tênis.



 O Aliança sempre contou com excelente estrutura, “contando com um bom complexo esportivo, composto por dois campos de futebol, quadras de vôlei, basquete e tênis”.[4]


 Curiosamente, entre aqueles que disputaram os campeonatos de futebol da Liga Campista, o Aliança foi talvez o clube de usina de menor tempo de existência. Fundado em 23 de abril de 1932, e mesmo após vários títulos como o referido tricampeonato em Campos e o tricampeonato fluminense, o time disputaria seu último campeonato profissional em 1948.




Eis a campanha do clube no tricampeonato da Liga Campista, segundo informações do jornalista e historiador Paulo Ourives[5]:

1936
Aliança 2x1 Industrial
 Aliança 5x1 Itatiaia
 Aliança 0x0 Campos
Aliança 1x1 Rio Branco
 Aliança 3x0 Goytacaz
 Aliança 3x0 America
Aliança 1x1 Industrial
 Aliança 3x1 Itatiaia
 Aliança 2x1 Campo
 Aliança 1x0 Rio Branco
 Aliança 1x2 Goytacaz
 Aliança 6x2 Americano.
Time-base: Eiras; Tote e Salvador; Antoninho, Lessa e Bau; Jorginho, Vicente, Ratinho, Neneco e João.


1937[6]


Aliança 1x1 Americano
Aliança 5x2 Goytacaz
Aliança 1x1 Itatiaia
Aliança 1x1 Rio Branco
Aliança 2x0 Industrial
Aliança 4x0 Campos
Aliança 2x2 Americano
Aliança 5x2 Goytacaz
Aliança 0x0 Itatiaia
Aliança 3x2 Rio Branco
Aliança 1x4 Industrial
Aliança 3x2 Campos
Aliança 0x0 Americano
Aliança 3x3 Goytacaz
Aliança 2x2 Itatiaia
Aliança 3x1 Rio Branco
Aliança 4x1 Industrial
Aliança 3x1 Campos
Time-base: Eiras; Tote e Salvador; Carbono, Lessa e Bau; Jorginho, Lelé, Cláudio, Neneco e Rebite.

1938[7]


Aliança 3x3 Itatiaia
Aliança 2x2 Goytacaz
Aliança 1x2 Campos
Aliança 2x1 Rio Branco
Aliança 2x2 Americano
Aliança 3x2 Industrial
Aliança 2x1 Itatiaia
Aliança 5x4 Goytacaz
Aliança 5x1 Campos
Aliança 2x0 Americano
Aliança 4x0 Industrial.
Time-base:  Bueno; Cachola e Cantagalo; Laerte, Neto e Bau; Jorginho, Irineu, Cláudio, Neneco e Rebite.

 
O clube reapareceria em 1950, novamente formado por funcionários da usina. Mas se dedicaria ao esporte amador unicamente.



Da época de maior sucesso, os jogadores de maior destaque foram Cláudio, Carbono, Lessa, Vicente, Rebite, Irineu e Evaldo Freitas.[8]


Os tricampeões campistas em foto do início da década de 40



E cumpre destacar que o Aliança acabou fornecendo um importante quadro que participaria de grandes conquistas de um grande clube da cidade do Rio de Janeiro:
Foi também de seus quadros, que saiu para o Vasco da Gama, o grande jogador Lelé, titular absoluto do time carioca que, na década de 40, conquistou vários títulos, entre eles o campeonato sul americano de 1946 e entrou para a história conhecido como o “Expresso da Vitória”.



Hoje o local já não apresenta mais as paisagens dos vastos canaviais de outrora. Até a década de 80 o antigo campo do Aliança recebia jogos do campeonato amador. Na década de 90 ele foi doado à Prefeitura para a construção da nova sede do Executivo municipal.


http://static.panoramio.com/photos/original/22170781.jpg


Local do antigo campo do Aliança do Queimado.
Fonte: http://cliquediario.com.br/wp-content/uploads/2017/04/3.-Carn%C3%AAs-de-IPTU-Divulga%C3%A7%C3%A3o.jpg









[1] PARDO, Aristides Leo.  “Sport Club Aliança – Campos dos Goytacazes (RJ)”. Disponível em: https://historiadofutebol.com/blog/?p=29636.
[2] Idem.
[3] Idem.
[4] Idem.
[5] OURIVES, Paulo. “Os 61 certames campistas de futebol”. Disponível em: http://historiafutebolcampista.blogspot.com.br/2008/09/os-61-certames-campistas-de-futebol.html. Acessado em: 20/04/2017.
[6] Foi o primeiro campeonato campista de três turnos.
[7] Nota Paulo Ourives que o resultado da partida Aliança x Rio Branco não pode ser encontrado.
[8] Idem.

domingo, 1 de outubro de 2017





Caros leitores,
Revista Convergência Crítica acaba de publicar seu último número em
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Revista Convergência Crítica
v. 2, n. 9 (2016)
Sumário
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Apresentação
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Editorial


Dossiê
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O debate sobre a questão agrária no Governo de João Goulart: Diferentes
projetos Reformistas
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Movimiento indígena y campesino por la defensa del agua y el territorio: la
Marcha por el agua y la Madre tierra en Guatemala en abril de 2016
Ana Pohlenz de Tavira


TERRA E HUMANIDADE: HUGO BLANCO - DA LUTA PELA REFORMA AGRÁRIA À DEFESA
DA ESPÉCIE HUMANA
Vanderlei Vazelesk Ribeiro

DE LA PLURINACIONALIDAD DEL ESTADO A LOS GOBIERNOS COMUNITARIOS
Inti Cartuche Vacacela


Actualidad del campesinado y los pueblos originarios en Argentina: entre el
reconocimiento estatal y la territorialidad disidente
Diego Dominguez


Artigos
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“CINEMA SELVAGEM”: CLICHÊS SOBRE A AMAZÔNIA E ESTEREÓTIPOS
INDÍGENAS
Rafael de Figueiredo Lopes


A TFP e a luta antiagroreformista na América Latina
Víctor Almeida Gama


PODER E CONHECIMENTO COMO TEMAS CENTRAIS: O PAPEL DO ESTADO NAS POLÍTICAS
ECONÓMICAS DE WALTER EUCKEN E FRIEDRICH AUGUST VON HAYEK
Caroline Rippe de Mello Klein

Incongruencias y fabulas sobre la conquista de Hispania en 711
(Incongruências e fábulas sobre a conquista da Hispania em 711)
Eduardo Escartín-González, Francisco Velasco-Morente, Luis
González-Abril
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Convergência Crítica
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017



Por Lívia Lemos.





 Manoel Adão Pereira Nunes. Brasileiro, nasceu em Campos em 26 de janeiro de 1909, filho de Sr. José Manuel Pereira Nunes, comerciante, e D. Maria Francisca Pereira Nunes, costureira. Casado com Alaíde Pereira Nunes, com quem teve quatro filhas. Estudou no Liceu de Humanidades de Campos. Exerceu os ofícios de médico e deputado federal. Enquanto universitário participou da fundação da Federação Vermelha dos Estudantes. Em 1928 é eleito orador do “Centro de Estudantes de Campos”. Além de ser um dos principais membros da ANL (Aliança Nacional Libertadora), colocando-se ao lado do Bloco Operário Camponês, então vanguarda do Partido Comunista do Brasil. Foi militante comunista, ingressando na Juventude Comunista em 1933. Atuou também no Sindicato de Trabalhadores em Usinas de Açúcar no Brasil, juntamente com Nina Arueira. Fora também, escritor e poeta, tendo como algumas de suas mais famosas obras: “China: Epopéia de um povo”, e “Conversas de Platão”. Adão Pereira Nunes teve seus direitos políticos suspensos por 10 anos, em 10-04-1964, segundo documento disponível no acervo do Dops sendo acusado de ter atitudes “subversivas” e comunista. Em virtude de perseguições políticas, ele e sua mulher, D. Alaíde, tiveram que exilar-se no Chile. Em 1958 foi eleito suplente de Deputado federal pelo Partido Social Progressista, apoiado pelo Partido Comunista. Ocupou também, cadeira na câmara federal em 1961 com o intuito de defender a posse do vice- presidente João Goulart. Elege-se Deputado federal, em 1962, sendo mais votado pelo PSP. Faleceu em 13 de abril de 1985, aos 76 anos.