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  Jéssica Viana Gonçalves

Luana Rodrigues Mota
Graduandas de História UFF/Campos


Um dos momentos mais tensos da Guerra Fria quase levou o mundo ao fim. Em outubro de 1962 durante 13 dias, o mundo assistiu a uma disputa entre Estados Unidos, União Soviética e Cuba, o que por muito pouco não pôs o mundo em extinção. O motivo: Cuba e União Soviética queriam implantar bases de lançamento de mísseis nucleares em solo cubano, ou seja, quase ao lado do território americano.


Com a revolução cubana que levou Fidel Castro ao poder em 1959, a não aceitação dos Estados Unidos ao novo governo cubano, e a aproximação politica, econômica e militar de Cuba com a falecida União Soviética, as tentativas dos EUA de tirar Fidel Castro do poder, e a instalação de misseis nucleares americanos em território turco, moldaram uma série de confrontos entre as duas potências, o que consequentemente poderia resultar em um fim catastrófico para toda raça humana.





Um voo de reconhecimento feito por um avião norte americano sobre Cuba teve resultados inesperados, revelando a instalação de misseis soviéticos de meio alcance R-12, alcançando todo território Americano com exceção dos estados do Alaska,Hawai  e uma pequena parte da costa entre São Francisco e Seattle.

    
         Após todo reconhecimento o presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy as 19:00 do dia 22 de outubro de 1962, pronunciou seu discurso transmitido pela tv para toda população americana noticiando a existência de misseis soviéticos, na ilha de Cuba, todos voltados para território americano. Após o pronunciamento o Brasil e o mundo ficaram sabendo da crise.


No Brasil a notícia estava em todos os jornais na manhã de 23 de outubro de 1962.
         
  

1. Jornal O Estado de São Paulo, 23 de outubro de 1962.
               



2. Capa da Revista VEJA, outubro de 1962.



Embora alguns líderes latino-americanos optarem por não se posicionarem, alguns ainda sim emitiram suas impressões. Para o Brasil a situação era delicada, após ler declarações do governo do Haiti, Guatemala e Republica dominicana que se posicionavam em favor as medidas do presidente americano, o governo de Goulart buscou tempo para obter informações mais completas, enquanto esperava a mediação da ONU no conflito. Goulart resolveu então por manter a politica externa independente do Brasil. Sendo contra a invasão da ilha, o presidente chega a enviar uma carta ao presidente Kennedy manifestando sua posição politica.





Fonte: Jornal o Estado de São Paulo. 1962      


                            
                             
Diferentemente, na política interna o então governo, que era nacional-reformista  se envolve em uma polêmica, pela posição defendida pelo representante enviado a Organização dos Estados Americanos. Através dessa politica nacional externa João Goulart queria mostrar que o Brasil era um pais capaz de influenciar nas grandes decisões politicas internacionais, para produzir efeitos positivos para a politica interna do país.


A guerra por fim se dissipa, quando Kruschev aceita a proposta de Kennedy. Os líderes trocaram cartas confirmando o acordo. O líder soviético se corresponde com Fidel Castro em Cuba, explicitando os motivos da retirada dos mísseis de Cuba. A sobrevivência da humanidade foi garantida. O regime revolucionário seguiu. Na maioria dos países latino-americanos tiveram  uma onda de regimes autoritários, que implicava a utilização de forças armadas dos países aliados dos EUA para dizimar a ideologia comunista. 





Fonte: Jornal O Estado de São Paulo





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 O Estadão Acervo. Disponível em: < http://acervo.estadao.com.br/ > . Acesso em: 03 de março de 2016.

Revista Veja
. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/historia/ >. Acesso em: 05 de março de 2016.

Youtube
. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=rtaqw1XQZ_M>. Acesso em: 10 de março de 2016.

Site uol de notícias
. <Disponível em: http://www.uol.com.br/ >. Acesso em: 12 de março de 2016.

Acervo Jornal O Globo
. Disponível em: <
http://acervo.oglobo.globo.com/>. Acesso em: 14 de março de 2016


ALLISON, Graham, e ZELIKOW, Philip. Essence of Decision: Explaining the Cuban Missile Crisis. 2ªed. Nova York: Longman, 1999
GADDIS, John Lewis.  História da Guerra Fria. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2006.





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